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Saudade Virtual
Saudade...
De quem não vejo,
Só sinto...
De quem não sei quem é,
Só sei que existe.
Saudade...
De você que me ensinou
A te conhecer, respeitar
e admirar.
Saudade...
Aperta e dói,
Quando estamos on-line
E não não nos falamos.
Quanto tempo faz!
Saudade...
De suas palavras, da sua voz e
deste modo de escrever
Que é só seu...
Nem sei que cor tem os seus olhos,
se és magro ou gordo
alto ou pequeno
branco ou moreno.
Saudades meu amigo
virtual,
Real,
não sei...
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara:
a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é ...
quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, quem presenteia fora das datas festivas, quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante, você fazer algo por alguém , e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
" É elegante o silêncio, diante de uma rejeição... "
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do Gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza, atitudes gentis falam mais que mil imagens...
...Abrir a porta para alguém...é muito elegante (Será que ainda existem homens assim?)...
...Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante...
...Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
...Oferecer ajuda... é muito elegante...
...Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante...
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas
tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
E, detalhe: não é frescura.
Toulouse Lautrec
Fazer amor é coisa séria demais...
Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insosso, desses que dão feito fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem composturas, sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.
Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa, com delicadeza...
Porque alma tem tessitura de cristal, deve ser tocada nas levezas, apalpada com amaciamentos...
Até que o corpo descubra cada uma das suas funções.
Quando a descoberta acontece é que o ato de amor começa.
Fazer amor é Ressurreição!!!
É nascer de novo:
no abraço que aperta sem sufocamentos,
no beijo que cala a sede gritante,
na escalada dos degraus celestiais que levam ao prazer.
Vale chorar, vale gemer...
Vale gritar, porque aí já se chegou ao paraíso e qualquer som há de sair melódico e afinado, seja grave, agudo, pianinho...
Há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.
Corpos se ajustaram, almas matizaram...
Fez-se o extase!
É o instante da paz...
É a escritura da serenidade!
E os amantes em assunção pisam eternidades!!!
J.C.Tavares
Texto de um Frei do Colégio Santo Agostinho
"Por que tem, realmente, que valer a pena se doar."
Almas Perfumadas
Carlos Drummond de Andrade
Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta...
De sol quando acorda...
De flor quando ri...
Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede
que dança gostoso numa tarde grande,
sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo de sorvete.
Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce
que tem pra escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas
que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe que os anjos existem e que
alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente se sente chegando em casa e
trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o gozo de quem
não liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece ser manhã de natal
do tempo em que a gente acordava e encontrava o presente do
Papai Noel.
Tem gente que tem cheiro de estrelas que Deus acendeu
no céu e daquelas que conseguimos acender na terra.
Ao lado delas, a gente não acha que o amor é possível,
a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente visitando um lugar
feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos, os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia do toque suave que
sua presença sopra no nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.
Ao lado delas, a gente percebe que a sensualidade é um
perfume que vem de dentro e que a atração que realmente
nos move não passa só pelo corpo.
Corre em outras veias.
Pulsa em outro lugar.
Tem gente como você que nem percebe como tem a
alma perfumanda!
E que esse perfume é dom de Deus.