"A vida vem em ondas como o mar”.
Ela vem e vai e vem de novo.
Numa constante, com cadência, sem cadência,
com amores, romances, rompimentos, oportunidades,
reconciliações, maré cheia, maré alta.
A vida transborda, alaga e seca de novo.
Um momento compensa o outro.
Nem tão ao céu, nem tão à terra.
Vacas gordas, vacas magras, um rebanho inteiro.
Em que momento nos perdemos?
E onde nos reencontramos?
O vazio habita por um tempo e de forma tão intensa,
que nada parece capaz de nos salvar.
Logo, as águas mudam a direção, e a inspiração acontece.
Tão simples e singela, numa música, numa curva, num mergulho.
Transbordar habita.
Mas cuidado para não transbordar mágoa e rancor.
Lágrimas, tudo bem, elas esvaziam as tristezas e abrem espaço
para um novo fôlego, um novo ponto de vista.
São capazes de nos fazer seguir em frente.
Transbordar amor pode.
Um sorriso, um abraço, o ouvir, umas palavras,
um carinho que se faz com o olhar.
Gratidão eterna que não falha e impulsiona,
motiva e nos faz seguir em frente, mais confiantes, com mais coragem.
Aceitar a vida é um passo e tanto.
Aceitar o que ela oferece, o que ela tira, o que ela apresenta,
simplesmente é maturidade.
Ver problema em tudo não resolve.
A indignação pode ser bem-vinda.
A contemplação deve estar presente.
Nem sempre vamos admirar todos ao nosso lado.
Mas isso não significa que essas pessoas não tenham algo de bom.
Apenas não são boas para nós.
E nós, de repente, não somos boas para elas e para tantos outros."
E a natureza segue a nos ensinar a grande magia de tudo,
com doses convincentes de realidade.
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