14 de out. de 2010

Nos acostumamos com a fartura?




Interessante como as coisas acontecem no nosso dia a dia. Como um pensamento leva a outro rapidamente!

Dan Phillips, do Pyromaniacs, postou hoje a continuação de sua avaliação do Bible Works (excelente software para estudo bíblico!), fazendo algumas perguntas que me fizeram pensar.

Resumindo, ele questiona:
- Não é fascinante a quantidade de material disponível para estudo da Palavra?
- Mais fascinante: Pense em Agostinho, Lutero, Calvino, etc... Não tinham nem um percentual daquilo que temos hoje, e como produziram!
- Então, levando em consideração as duas perguntas anteriores, não é chato o fato de que temos produzido - e realizado! - tão pouco?

Realmente, como somos preguiçosos! Os caras do passado não tinham essa quantidade de material, mas fizeram tanto pelo Reino. Hoje, você pode escolher muitas e muitas bíblias de estudo, comentários, dicionários, e muitos outros "ários" que você precisar, mas o resultado disso na nossa vida, na nossa casa, na nossa igreja, na nossa cidade e no mundo tem sido tão pequeno!

Será que nos acostumamos com a facilidade? Será que a luta, a dificuldade, a falta, nos faz melhores pessoas? Fico pensando no tipo de cristãos que somos hoje e o tipo de cristão que existia na época das perseguições.

Não precisamos ir longe no tempo para verificar isso. Pense nas tribos que estão sendo evangelizadas hoje. Um bom exemplo é o pastor (esse sim, apóstolo) Ronaldo Lidório. Foi para o meio da África, encontrou os Konkombas, escreveu a gramática da língua desse povo e traduziu a Palavra.

Antes de conseguir ter a Bíblia na língua, as pessoas daquela etnia decoravam os textos bíblicos, e viajam dias até sua tribo para falar de Deus para os de sua casa. Me lembro do pastor Ronaldo citando o caso de uma mulher que, depois de três dias de caminhada, esqueceu uma parte do texto.
Ela não continuou, pensando: "Eu faço uma paráfrase. Falo o que entendi". Não! Ela voltou três dias caminhando para decorar mais uma vez o texto!

É, o que me parece, o que a escassez faz com o homem. Quem não tem comida - e tem muita gente nessa situação no mundo - dá muito valor ao pouco que aparecer. A gente, com muita fartura, fica gordo e joga um monte de comida fora.
Podemos dar uma parada e pensar um pouco nisso? E, pensando, podemos tomar uma atitude na direção da mudança, da vida mais plena em Jesus?

Dá próxima vez que a luta aparecer, seria legal a gente pensar que pode ser Deus nos fazendo melhores, nos tornando menos acostumados com a fartura.
 

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